1 hora e 35 minutos de Ana Leal, TVI, 13.4.15 |
O tema da saúde é caro aos portugueses sendo utilizado como bandeira e arma de arremesso político pelos partidos da oposição. É também um tema propício ao entretenimento, no pior sentido do conceito. Porque o público gosta de sangue. Nada melhor do que ver um carro desfeito, uma mancha de sangue, um olhar sofrido, lágrimas no rosto, um grito desesperado, um corpo morto.
Ana Leal procurou concentrar-se naquilo que deve ser o papel do jornalismo sério. Contar uma estória com frontalidade, ouvir as queixas, procurar as justificações e mostrar. Tornar público o que deve ser público. E o que deve ser público não é o drama alheio, o sofrimento desesperado ou a inércia sem apoio. Não deve ser notícia um grito desesperado e sem raciocínio.
1 hora e 35 minutos mostra sem ofender. Mostra sem humilhar. Afinal, jornalismo com dignidade é jornalismo sem sensacionalismo. E assim é que deve ser.
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