sexta-feira, 17 de abril de 2015

Estará O Público A Gestar Um Irmão Brasileiro?

Logotipo do Público com as cores brasileiras usado como foto de perfil do Facebook "Público Brasil"
O Brasil é a sétima economia mundial. Falamos a mesma língua. Temos Know how

Os 3 factos aqui elencados podem ser o ponto de partida para o jornal Público fazer o mesmo trajeto que Pedro Vaz de Caminha fez em 1500. Mas se pensarmos que o navegador português não fez o caminho sozinho, podemos até pensar que, embora por cabotagem, a navegação já começou.

5 de março de 2014. Adriana Calcanhotto toma a cadeira de Bárbara Reis e assume a direção do jornal por um dia. A artista brasileira delineia o conteúdo do jornal que tradicionalmente tem um diretor diferente no seu aniversário e torna-se embaixadora do Brasil em Portugal. O facto de ser brasileira podia ser apenas um pormenor, mas não. Adriana Calcanhotto diz querer quebrar os clichés e "complicar o Brasil" no Público.

A edição comandada pela brasileira inaugura um ciclo do jornal português. A esse ciclo é dado o nome de "Ano Grande do Brasil". Logo a seguir são enviados 7 jornalistas para descobrirem o Brasil. Caminharem pelo seu interior e contarem estórias com sotaque. Chamam-lhe "Brasil na Estrada" e quase diariamente o mapa carioca vai ganhando novas entradas com recursos multimédia.

2014 foi o ano ideal para o Público descobrir o Brasil. Os campeonatos desportivos, as eleições brasileiras, os protestos anti corrupção e a preparação para os Jogos Olímpicos de 2016. Não faltaram temas. 

Ainda dentro do "Ano Grande do Brasil" o jornal português decidiu começar a fazer a ponte entre os dois países iniciando uma iniciativa que teve a primeira edição em 2014, mas, já se sabe, vai repetir-se em 2015. "Vinhos de Portugal no Rio" casou o Público com O Globo e foi exaltar o elixir português.

O laço da literatura também foi apertado, mas desta vez noutra cidade. Um pouco mais a sul. São Paulo. "Minha Língua, Minha Pátria" junta o Público a uma livraria paulista sediada num dos centros comerciais "mais chiques da cidade" e convida especialistas e autores dos dois lados do Atlântico.

Antes ainda da literatura o jornal de Belmiro de Azevedo anunciava a entrada num dos sites de notícias mais visitados do Brasil: UOL.br. Dizia a parangona que o jornal português passaria a estar disponível para um "universo de 50 milhões de leitores". Para marcar a presença foi lançada, em 26 de março de 2015, a página de Facebook "Público Brasil" que veste verde e amarelo.

São muitas mais as evidências da forte presença do Público no Brasil. As reportagens especiais, os dossiers interativos como "O Brasil é" e até a existência de Simone Duarte, diretora adjunta que é brasileira e conhece bem a realidade do país e do mundo, incluindo o universo lusófono, fruto da sua experiência profissional como jornalista e alta funcionária da ONU.

Embora o meio jornalístico esteja pelas ruas da amargura, talvez não tarde uma informação sobre o futuro do Público no Brasil. Quem sabe uma edição impressa mais exótica na palavra, seguindo o exemplo do El País que em novembro de 2013 lançou uma edição em português.

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